08.10.2025
Áreas de Prática: Público & Ambiente
Setores: Energia & Recursos Naturais
Tipo: Imprensa
Fonte: ECO
Manuel Andrade Neves defende que o futuro do investimento energético passa pelas redes e pelo armazenamento
A rede elétrica e o armazenamento de energia são cada vez mais vistos como os ativos mais atrativos no panorama global da transição energética. O potencial de retorno é grande, especialmente em jurisdições com regras claras, previsibilidade regulatória e planos de longo prazo, reflete Manuel Andrade Neves, sócio da Abreu Advogados, num artigo de opinião publicado pelo ECO.
Intitulado “Redes e armazenamento: o único íman do capital energético”, o artigo destaca que as infraestruturas de rede elétrica e os sistemas de armazenamento estão a tornar-se os principais alvos de investimento no setor da energia e que Portugal precisa de acompanhar esse movimento.
“O estrangulamento da energia limpa já não está nos painéis e nas turbinas — está nos cabos, nas subestações e na estabilidade do sistema […]. Por isso, os grandes da energia estão a ‘comprar’ redes em jurisdições que estabelecem regras claras e planos de longo prazo”, sublinha Manuel Andrade Neves, exemplificando com investimentos realizados no Reino Unido.
O advogado alerta ainda para mudanças urgentes, para que Portugal possa competir pelo capital no setor energético. “Porque não é assim em Portugal? Aqui, a rede de transporte é um serviço público concessionado: a REN desenvolve e opera a Rede Nacional de Transporte ao abrigo de contrato de concessão com o Estado. Ou seja, um grupo como a Iberdrola não pode investir diretamente em redes de transporte em Portugal”, explica.
Manuel Andrade Neves defende que Portugal precisa de acelerar reformas regulatórias, planeamento de longo prazo, execução vinculativa e coordenação ibérica para tornar redes e armazenamento atrativos ao capital energético global. “A energia limpa não espera; a rede é a estratégia e o armazenamento é imperioso”, conclui.
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