Patrícia Viana alerta para obstáculos ao investimento estrangeiro em Portugal apesar da atratividade do país
Patrícia Viana, sócia da Abreu Advogados, sublinhou hoje que Portugal “é um país atrativo” para investidores estrangeiros, particulares ou sociedades e fundos, mas alertou que a subida “em flecha” do custo de construção, a falta de mão-de-obra, “as taxas, taxinhas e impostos” e a volatilidade da legislação podem afastar um investidor.
Patrícia Viana falava na 2ª edição do Local Summit, que decorre hoje, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, centrada nos temas da habitação, mobilidade ou desenvolvimento.
“Sim, Portugal é um país atrativo. Vemos cada vez mais fundos espanhóis, franceses e ingleses a investir em Portugal, em logística, retalho, data centres e habitação”, afirma.
A sócia da Abreu Advogados considera que “há uma espécie de tempestade perfeita”, que se aplica pequenos e grandes investimentos.
“No mercado transacional, há um conjunto de fatores que causa descrédito: não conseguimos atrair investidores se não temos uma legislação estável. Por outro lado, em matéria de licenciamento, convencer um fundo inglês e explicar o tempo de espera pelas licenças, as taxas a pagar, a escassez de mão-de obra, as questões da imigração com impacto direto nos custos da construção, os preços dos materiais podem levar ao abandono da intenção do investimento”.
