A União Europeia enfrenta uma grave escassez de medicamentos, com o acesso a produtos essenciais como os antibióticos, a insulina, os analgésicos e outros a tornar-se cada vez mais difícil. A China e a Índia tornaram-se os principais fornecedores, criando vulnerabilidades e contribuindo para a escassez da oferta.
A concentração de instalações de fabrico fora da UE suscita preocupações quanto à segurança do abastecimento na UE, pondo em risco a saúde e o bem-estar dos cidadãos.
A crescente predominância da produção de matérias-primas, produtos intermédios e de ingredientes farmacêuticos ativos (API) fora da UE, a pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia já conduziram a graves perturbações nas cadeias de abastecimento.
A escassez de medicamentos mantém-se e os recentes desenvolvimentos na ordem internacional recomendam que a União Europeia procure garantir a produção estratégica daqueles ainda com mais empenho e dispor dos intrumentos financeiros que o permitam.
As causas profundas da escassez de medicamentos são multifatoriais, com desafios identificados ao longo de toda a cadeia de valor farmacêutica, desde problemas de qualidade e de fabrico até à competitividade da indústria.
Os Estados-Membros, o Parlamento Europeu e outras partes interessadas têm apelado sistematicamente à Comissão Europeia para que resolva estas vulnerabilidades, nomeadamente através do reforço das cadeias de abastecimento destes medicamentos críticos.
Em resposta a esta situação, a Comissão Europeia irá propor um Regulamento sobre Medicamentos Críticos cujo objetivo será o de reduzir a dependência da UE em relação a países terceiros para a produção de medicamentos e dos API necessários para os fabricar. A proposta deverá incluir uma série de medidas destinadas a resolver as vulnerabilidades da cadeia de abastecimento de fabrico de medicamentos e ingredientes críticos. A este propósito, o Conselho Económico e Social Europeu já recomendou que a União Europeia adote uma série de medidas para reforçar a sua capacidade de produção farmacêutica.
Estas medidas incluem:
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- Estabelecer um novo mecanismo europeu para apoiar a produção de API e de medicamentos acabados na Europa.
- Incentivar o desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras.
- Promover a utilização de API e de medicamentos acabados produzidos na Europa.
- Adotar mecanismos de fixação de preços justos.A nossa equipa está à sua disposição para mais informações.
Em suma, a proposta visará:
- fazer face às vulnerabilidades da cadeia de abastecimento e reduzir as dependências da UE, a fim de reforçar o abastecimento de medicamentos críticos.
- aumentar a disponibilidade de outros medicamentos de interesse comum.
Esta complementará a reforma do sector farmacêutico e basear-se-á nos trabalhos:
- do Grupo Diretor Executivo sobre Ruturas e Segurança dos Medicamentos.
- do diálogo estruturado sobre a segurança do abastecimento de medicamentos.
- da Aliança para os Medicamentos Críticos.
- de um estudo de apoio.
A nossa equipa está à sua disposição para mais informação.