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A lista dos dez do LegalWeek 2025

By Helder Galvão on

O LegalWeek 2025, realizado em Nova Iorque, é considerado o maior evento de direito e tecnologia do mundo, contando com mais de seis mil participantes, diversas sessões com palestras e trezentas legaltechs expositoras. O evento foi um sucesso.

Evidentemente, o tema central foi a adoção de plataformas de inteligência artificial generativa no mercado jurídico. É verdade que tudo ainda é muito recente, volátil e, principalmente, por explorar. É certo, também, que representa um desafio para qualquer operador jurídico, seja em grandes sociedades de advogados, departamentos jurídicos ou profissionais liberais.

Abaixo, apresentamos as dez principais tendências — ou seja, os temas mais quentes e debatidos no grande evento. Para o próximo ano, fica sempre a pergunta: o que é fogo e o que é fumo nesta lista?

  1. Biblioteca de prompts
    Tema já batido. Os advogados estão cada vez mais capacitados para explorar as ferramentas de IA.

  2. “Terceira Onda”
    Legal Ops. LegalTechs. E agora, os Agentes de IA. Produtividade aumentada — ou seja, o agente concentra-se nas tarefas repetitivas. Gerar relatórios para auditorias, por exemplo, nem passará pelo advogado. O foco será nas questões mais complexas e com maior valor acrescentado para faturar ao cliente. Teoria do valor trabalho vs. utilidade.

  3. Gestão do Ciclo de Vida dos Contratos e Soluções Integradas
    O mercado norte-americano conta com inúmeras legaltechs (foram mais de 300 stands na LegalWeek). Os escritórios preferem aquelas que concentram todas as atividades, ao invés de uma oferta dispersa. Harvey e IronClad, por exemplo, têm apostado nesta abordagem.

  4. Eltemate
    Spin-off da Hogan Lovells que permite a advogados de firmas globais realizar consultas sobre especificidades locais. Respostas sumarizadas, traduzidas e assertivas.

  5. Gestores como protagonistas
    Áreas como a de Gestão do Conhecimento passam a ter um papel de destaque. Devem identificar, relacionar-se com o mercado e manter um acervo de legaltechs à disposição dos advogados. Eficiência e dados estruturados tornaram-se requisitos essenciais.
    A propósito, muitas palestras da LegalWeek nem sequer têm advogados como oradores.

  6. ClearyX
    Programa de inovação do Cleary. Para além de abordar a inovação jurídica (já habitual), o seu objetivo é mapear futuros possíveis. Realiza reuniões periódicas entre áreas de prática, sem compromissos com métricas ou metas.

  7. Copilot
    A ferramenta mais utilizada, destacando-se por estar integrada no Office — uma vantagem competitiva evidente.

  8. Dificuldade de definição de preços, boutiques e escritórios de média dimensão
    As legaltechs ainda enfrentam dificuldades para encontrar o “ponto de equilíbrio” ideal na definição de preços. Modelos baseados em subscrição, consumo de dados ou número de ferramentas continuam a afastar os escritórios de média dimensão e as boutiques — sem falar dos profissionais liberais.

  9. Outsourcing
    Muitos escritórios (especialmente os de média dimensão) já assumiram que estão fora do jogo no desenvolvimento de ferramentas personalizadas, por três razões: foco, custo e falta de procura contínua. Cada vez mais, recorrem a legaltechs para casos específicos. Um exemplo é a Epiq, na área de ciber forense.

  10. LegalWeek
    O evento é plural (há até palestras com atores de Hollywood). Mas, dentro do setor, tem o seu brilho. Seja pela atmosfera, os temas, a missão paralela da Associação Brasileira de Legaltechs (a maior do mundo), ou o número de participantes internacionais.

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